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Regência Verbal: o que é, exemplos e exercícios

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Precisa estudar a regência verbal? Saiba quais são as regras básicas para acertar de vez essas questões na prova de concurso.

Regência Verbal: o que é, exemplos e exercícios, confira aqui tudo sobre este assunto.

O domínio correto da língua portuguesa sempre foi muito valorizado no meio acadêmico e profissional. Aliás, se você quer fazer algum tipo de prova, precisa estudar e saber ainda mais sobre esses e outros assuntos.

Você já está por dentro das matérias que caem nesses exames? Pois saiba que um dos temas mais recorrentes nas provas é a regência verbal. Então, acompanhe esse artigo e aprenda de vez como fixar esse importante conteúdo.

Regência Verbal: o que é, exemplos e exercícios
Imagem: www.freepik.com

Regência verbal e nominal são a mesma coisa?

Uma confusão comum entre os estudantes é misturar termos parecidos das matérias de português. Isso acontece, por exemplo, quando os alunos começam a estudar a regência nominal e a verbal.

A regência é definida pela ligação entre o termo principal e o termo que complementa seu sentido na frase. Na verdade, ambas as regências têm uma relação de complemento a ser estabelecida entre os termos da oração.

Quer saber mais sobre o como dominar a língua portuguesa? Clique abaixo:

Entenda o que é a regência nominal

A regência nominal ocorre quando um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) apresenta um termo que se conecte a eles. Por exemplo, na frase “Maria é capaz de passar na prova”. Ou seja, “capaz” se relaciona aqui com “a prova”.

Apesar das duas regências estarem conectadas por sua relação direta com a transitividade, são usadas de formas diferentes. A fim de esclarecer questões específicas sobre a regência dos verbos, vamos agora focar nesse assunto.

Quer entender mais sobre REGÊNCIA NOMINAL? Veja no post abaixo:

Afinal, o que significa Regência Verbal?

A regência verbal aponta o verbo que pode ou não precisar de complemento na oração. Além disso, a matéria pode ser divida em três diferentes aspectos e funções.

Os casos dessa regência envolvem os verbos transitivos diretos, indiretos e os verbos transitivos direto e indireto. Ainda assim, é preciso saber mais informações para identificar cada situação.

Verbos Transitivos Diretos (VTD)

Os verbos transitivos diretos são aqueles que não vão precisar de algum complemento para melhor compreensão de sentido da frase. Veja alguns exemplos:
  • “Ela esperou a mãe.”;
  • “Eu estudei a matéria.”;
  • “Joana leu o livro?”.
Observe os três casos acima. Resumindo, analise os verbos “esperar”, “estudar” e “ler”. Necessariamente, quando associados ao objeto direto, esses verbos não precisam de preposição para determinar a compreensão da frase.

Como vou saber se estou lidando com um VTD?

Se estiver em dúvida sobre a regência verbal, pergunte sempre ao objeto. A fim de saber qual é a especialidade do verbo na oração, você pode perguntar “o quê?” ou “a quem?”:
  • “Ela esperou a mãe.” A quem ela esperou? A mãe;
  • “Eu estudei a matéria.” O que eu estudei? A matéria;
  • “Joana leu o livro?” O que quero saber se Joana leu? O livro.
 Se suas perguntas forem feitas corretamente, você terá a confirmação de que os verbos são transitivos diretos. Contudo, se as perguntas não puderem ser respondidas, estamos tratando de outra classificação verbal.

Verbos Transitivos Indiretos (VTI)

Acompanhe os exemplos das frases a seguir. Contudo, preste atenção ao objeto da oração:
  • “Mateus precisa de um celular.”;
  • “Ela gosta de cachorros?”;
  • “Aquela moça precisa de remédios.”.
Nas três orações, os verbos precisam de uma preposição antes do objeto para dar o sentido correto. Certamente a frase não teria coerência se fosse escrita assim: “Mateus precisa celular”.

Então, para esses casos, você deve classificar o verbo como transitivo indireto. Ou seja, para se estabelecer sentido, o verbo tem que se conectar ao objeto indireto através de uma preposição.

Acho que essa frase tem um VTI, mas não tenho certeza...

Com a finalidade de identificar a regência, pergunte ao objeto “de quê?”, “para quê?”, “de quem?”, “para quem?” e “em quem?”. Se a pergunta puder ser respondida, temos a comprovação de que é um verbo transitivo indireto:
  1. “Mateus precisa de um celular. ”
De quê Mateus precisa?

De um celular;
  1. “Ela gosta de cachorros? ”
De que ela gosta?

De cachorros;
  1. “Aquela moça precisa de remédios. ”
De que a moça precisa?

De remédios.

Verbos Transitivos Direto e Indireto (VTDI)

Para alguns, esse pode ser o caso mais complexo de regência verbal. Isso ocorre pois os verbos precisam da participação de um objeto direto e também de um objeto indireto na frase. Portanto, veja os seguintes exemplos:
  • “Meu pai disse que vai te pagar amanhã.”;
  • “Você devolveu o livro dela?”;
  • “Eu paguei a conta do meu amigo.”.
Alguns verbos, como “pagar”, “dar” e “contar” são exemplos de transitivos direto e indireto. Logo, o sentido da frase só pode ser completamente atingido quando temos os dois tipos de objeto.

Geralmente, o objeto direto costuma apontar itens e coisas, enquanto o objeto indireto indica a pessoa. Embora o objeto direto não necessite de preposição, o objeto direto sempre vai pedir esse recurso.

Ainda estou com dúvida! Como saber se é um VTDI?

Em casos específicos dessa regência, o objeto direto deve responder à pergunta “o quê?”. Já o objeto indireto responde essencialmente às perguntas “a quem?”, “para quem”, e “de quem?”:
  • “Meu pai disse que vai te pagar amanhã. ”
  1. O que meu pai disse?
  2. Que vai pagar amanhã.
  3. A quem ele vai pagar?
  4. A você;
  • “Você devolveu o livro dela? ”
  1. O que devolveu? O livro.
  2. De quem é o livro?
  3. Dela;
  • “Eu paguei a conta do meu amigo. ”
  1. O que foi pago? ”
  2. A conta.
  3. De quem é a conta?
  4. Do meu amigo.

Exemplos de Regência Verbal

A regência verbal e os concursos públicos

Diversas instituições realizam a contratação de seus funcionários através de provas de concursos públicos. A princípio, empresas como o Banco do Brasil, os Tribunais de Justiça e o IBGE aplicam o teste anualmente.

Milhares de pessoas realizam essas provas, com o objetivo de conquistar uma vaga de trabalho. Porém, outras tantas podem perder a oportunidade caso não tenham aprendido e estudado as matérias fundamentais.

A regência verbal é um tema que quase sempre cai nas provas de concurso. Portanto, é uma vantagem competitiva ter fixado o conhecimento necessário para responder corretamente as perguntas associadas ao tema.

Se quiser treinar ainda mais, existem diversos sites na internet que disponibilizam questões acerca da matéria. Eventualmente, você vai encontrar materiais didáticos e exercícios que vão te ajudar com seus estudos.

Exercícios de Regência Verbal

1. (UPM-SP) A regência verbal está errada em:

a) Esqueceu-se do endereço.
b) Não simpatizei com ele.
c) O filme a que assistimos foi ótimo.
d) Faltou-me completar aquela página.
e) Aspiro um alto cargo político.

2. (UFPA) Assinale a alternativa que contém as respostas corretas.

I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família.
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde.
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.

a) II, III, IV
b) I, II, III
c) I, III, IV
d) I, III
e) I, II

3. (Fuvest) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:

a) Não tenho dúvidas que ele vencerá.
b) O escravo ama e obedece a seu senhor.
c) Prefiro estudar de que trabalhar.
d) O livro que te referes é célebre.
e) Se lhe disseram que não o respeito, enganaram-no.

Gabarito:

1. Alternativa e: Aspiro um alto cargo político.
Correção: Aspiro a um alto cargo político.

2. Alternativa a: II, III, IV
Correção da oração I: Visando apenas aos seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família.

3. Alternativa c: Preferia brincar a trabalhar.
O verbo preferir é transitivo direto e indireto, logo exige complemento com e sem preposição. Sua construção deve ser: Prefiro (uma coisa) + preposição "a" + (outra coisa).

De acordo com a língua culta, não se deve usar intensificadores (mais, muito) com o verbo preferir.

Assim:

a) A alternativa está errada porque usa "do que trabalhar" em vez de "a trabalhar".
b) A alternativa está errada porque usa o intensificador "mais".
d) A alternativa está errada porque usou a forma errada da crase.
e) A alternativa está errada porque além de usar o intensificador "mais", também usa "que trabalhar" em vez de "a trabalhar".

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